quarta-feira, 1 de julho de 2009

PIZZATO é eleito o Melhor Tinto na primeira edição do Painel “Vinhos do Vale dos Vinhedos”


A PIZZATO Vinhas e Vinhos acaba de conquistar com o Pizzato Merlot Reserva 2005 o primeiro lugar na categoria “Melhor Tinto” do Vale dos Vinhedos em 2009, elaborado dentro dos critérios da D.O. (Denominação de Origem do Vale dos Vinhedos): vinhos com pelo menos 60% de Merlot. A premiação faz parte das comemorações do Dia Estadual do Vinho, ocorrido no mês de junho, quando foi realizada a degustação e divulgados os vencedores do prêmio “Vinhos do Vale dos Vinhedos”. Essa primeira edição reuniu 36 amostras de 17 vinícolas, avaliadas por 16 degustadores.
O Merlot Reserva é um ícone da PIZZATO, colecionando vários destaques em concursos oficiais e em painéis realizados pela imprensa especializada. Um dos mais recentes foi o título do vinho “Brasileiro do Ano”, na Gula Edição Especial - Guia de vinhos 2008, que também considera o Pizzato Reserva Merlot 2005 como um dos melhores do mercado em sua faixa de preço, com as seguintes notas de degustação: “Traz ao nariz frutado a framboesas e morangos, além de notas de especiarias, como canela. Macio na boca, tem bom frescor e persistência, o que o torna agradável.”
Harmonização - O Pizzato Reserva Merlot 2005 acompanha de aves a carnes vermelhas elegantemente temperadas, até carnes de caça, queijos pouco gordurosos, massas e risotos à base de funghi. Nessa safra, foram produzidas 29.500 garrafas de 750ml e 8.800 garrafas de 375 ml, todas numeradas, lote único, com Selo de Indicação de Procedência do Vale dos Vinhedos (RS).

domingo, 14 de junho de 2009

Decantar um vinho





“Decantar” significa transvasar, ou seja, passar de um vaso a outro um líquido que contém um depósito sólido. Foi durante séculos uma operação banal já que não havia garrafas de serviço nem outra maneira de retirar o vinho das ânforas ou tonéis que o continham. Mesmo depois da vulgarização da garrafa como meio mais apropriado para o acondicionamento da bebida, a decantação manteve-se durante muito tempo com a forma mais correta de servir o vinho, uma vez que não se conheciam as técnicas de clarificação e estabilização que evitam a formação de depósito no fundo da garrafa.

Só recentemente, já bem dentro da última metade deste século é que o aperfeiçoamento destas técnicas veio tornar a decantação por um lado facultativa e por outro, cheia de controvérsias.

O porquê de decantar
Uma simples vela pode ajudar à decantação. Quantas vezes já deparamos com um copo de vinho turvo ou com um vinho de aroma estranho ou pouco expressivo. Estes são dois aspectos bastante negativos e certamente aqueles que estão na base dos motivos para decantar.
Um vinho turvo no mercado é coisa rara porque as técnicas modernas impedem as alterações de ordem química responsáveis pela turvação dos vinhos, mas podemos comprar uma garrafa no supermercado que estava impecavelmente limpa quando a pagamos e completamente turva quando em casa, a retiramos do saco.

O retirar da cápsula. Esta situação não deve afligir o comprador e bem vistas as coisas até deve ser motivo de regozijo porque presentemente já vamos tendo muitos vinhos no mercado que não são filtrados e por vezes nem colados (portanto mais “carnudos”). São apenas sujeitos a uma clarificação natural por sedimentação, e com o andar do tempo esta sedimentação (resultado da polimerização das antocianas com os taninos que ao formarem grande moléculas se vão precipitando) continua na garrafa.

Eis aqui uma das razões que justificam plenamente a decantação do vinho da garrafa para um decantador, porque caso contrário, ou se serve muito cuidadosamente com a ajuda de um cesto decantador ou o vinho ficará rapidamente turvo e perderemos a sua prova.
Não esqueçamos que os depósitos sólidos no fundo da garrafa têm um gosto amargo e adstringente e alteram muito significativamente o gosto do vinho.

É importante limpar o gargalo das impurezas. Portanto podemos enunciar a 1ª razão para decantar: Se um vinho tem depósito sólido deve decantar antes de servir (embora existam algumas exceções como veremos mais adiante).
Mas não é só o depósito do vinho que justifica a decantação. Os narizes mais sensíveis, decerto que já depararam com uma, ou mesmo duas situações, quando da apreciação do vinho: o vinho cheirava estranho, era desagradável e lembrava com maior ou menor intensidade ovos podres; com o correr do tempo perdeu o mau cheiro parcialmente ou por completo. Ou então o vinho estava muito fechado, cheirava pouco e com o evoluir da refeição foi libertando mais e melhores aromas e sabores.

A primeira situação advém das reações químicas que depois do engarrafamento se continuam a processar.

São fenômenos de oxidação//redução inerentes à evolução do vinho em garrafa.
O retirar da rolha sem agitar a garrafa.
Numa primeira fase do vinho jovem estes fenômenos são muitas vezes exacerbados pela adição em quantidades elevadas do poderoso antioxidante – anidrido sulfuroso – necessárias quando do engarrafamento.

O vinho cheira a derivados de sulfuroso tais como o sulfídrico e mercaptana. Numa segunda fase de vinho com estágio de alguns anos, já com desenvolvimento de bouquet (e não podemos esquecer que a própria polimerização de antocianas//taninos e conseqüente formação de depósito, necessita de oxigênio aumentando o estado redutivo do vinho), o vinho pode cheirar a alho, suor, animal, a sujo. Um bom arejamento proporcionado pela adequada decantação vai favorecer o vinho, a prova e o dinheiro investido pelo comprador da garrafa.
Quanto aos vinhos que ganham complexidade durante o seu consumo e que devem ser decantados, o fenômeno não está ainda cientificamente comprovado, mas terá a ver eventualmente também com fenômenos de redução. A verdade é que uma maior oxigenação ou oxidação vai proporcionar o desenvolvimento de uma maior complexidade de aromas. Por alguma razão o volume dos decantadores ultrapassam bastante o volume da garrafa a que correspondem. Pretende-se que o vinho tenha assim uma maior área em contacto com o oxigênio. Podemos então formular a 2ª razão para decantar: sempre que o vinho se encontra reduzido ou pouco aromático deve pressupor que pode beneficiar com a decantação e oxigenação.

Os casos de exceção
O verificar da saúde do vinho.
Existem, no entanto, vinhos que podem perder com a decantação. Vinhos frágeis, sem grande potencial redox (número de reações oxidação/ /redução que se podem dar num determinado vinho), estão sujeitos à oxidação rápida, portanto à perca dos bons aromas e sabores, passando a lembrar a maçã e o marmelo oxidados, fruto amassado e exposto ao ar, frutos secos, acetaldeído (oxidação do álcool etílico), etc. E quais são estes vinhos que não se devem decantar? Se trata de um vinho jovem, são normalmente os vinhos pouco intensos na cor e muito delicados na estrutura de taninos (os taninos e as antocianas, são uma proteção natural do vinho contra a oxidação, quanto menos cor e menos taninos tiver um vinho jovem mais pode sofrer com a decantação). Para que estes vinhos não apresentem depósito no fundo da garrafa (aspecto de aterroriza consumidores pouco esclarecidos), são sujeitos a processos de estabilização e clarificação que lhe levam uma boa parte da cor e dos taninos ficando assim mais expostos à oxidação. Assim existe uma 1ª razão para não decantar: vinhos jovens, com pouca matéria corante e que não estejam reduzidos dispensam, em princípio, a decantação. Do outro lado, do lado dos velhinhos (para ser mais objetivo - um tinto com mais de 15 anos) é necessário ter cuidado com um vinho que apresente uma cor pálida e muito depósito no fundo da garrafa. O seu estado frágil pode não agüentar uma decantação e quando chegar ao nosso copo pode ir já moribundo. Não podemos obrigar um velho a correr.
Formulando a 2ª regra para não decantar: não devemos decantar vinhos velhos que se apresentem frágeis de saúde.

Que vinhos se devem decantar?
A prova é fundamental.
Esta é uma pergunta gasta. Infelizmente não há uma regra matemática, como o não há para qualquer assunto referente a vinhos, enquanto elementos líquidos vivos em constante mudança.
Em primeiro lugar há que privilegiar os vinhos tintos.De um modo geral um tinto velho com boa cor e muito depósito beneficiará sempre de uma decantação, não só porque se livra do depósito sólido, como também pode desenvolver plenamente a suas capacidades sápidas.
É também aconselhável em grandes vinhos, assuntos muito sérios, quase opacos de cor, dar tempo ao vinho para que respire profundamente antes de ser servido.Nos vinhos cuja cor “não assusta”, servir imediatamente.

Do mesmo modo, um tinto novo, cheio de cor e vigor poderá beneficiar com uma decantação prévia ao serviço.

Relativamente aos brancos, de um modo geral, a decantação não se aplica neste tipo de vinho havendo no entanto exceções. Primeiro que tudo há que antecipar a questão. Porque não têm antocianas e têm poucos taninos são mais frágeis, há oxidação, começando a maturar bem mais depressa que os tintos. Num branco jovem e porque os brancos são sempre mais massacrados com o sulfuroso, uma decantação prévia ao serviço pode muitas vezes justificar-se; enquanto que para um branco velho (acima de 5 anos de idade) depende muito do grau alcoólico e modo de fabrico (se foi fermentado em madeira e estagiou com as borras é mais resistente à oxidação) e convém não abusar muito.

Como decantar
A decantação exige lentidão.
Finalmente, em breves linhas, há que explicar a melhor forma de decantar um vinho. Se o vinho tem depósito, a garrafa deverá permanecer em pé ou num cesto decantador (aqueles cestos de verga ou de metal que permitem deitar a garrafa e servi-la deitada) durante pelo menos 24 horas.

O trabalho final do escansão.
Depois abre-se cuidadosamente a garrafa, sem agitação, e iniciamos lentamente o processo de decantação de preferência com uma fonte de luz debaixo do gargalo da garrafa para facilmente visionarmos o depósito sólido e não permitirmos que saia para o decantador.O processo de decantação deve ser feito num único movimento contínuo.Ou seja, durante a decantação, a garrafa começa na vertical e inclina-se suavemente mas continuamente para a horizontal sem nunca parar a inclinação e muito menos inverter o movimento.

Caso contrário, o depósito agita-se no interior da garrafa e está tudo perdido.
Se se trata de um vinho muito jovem, que ainda não teve tempo de deixar depósito na garrafa, é muito mais simples. Apenas há que transvasar o líquido de um lado para o outro, com cuidado para não entornar ou sujar a toalha...

A Temperatura Ideal




1. A percepção do álcool, da acidez, da fruta e do equilíbrio é sempre influenciada pela temperatura do vinho.

2. Quanto maior a temperatura (mais quente) do vinho mais se realçam o açúcar e o álcool; quanto menor a temperatura (mais frio), a acidez e o tanino são colocados em evidência.


Resultado: um vinho tinto leve (pouco tânico), por exemplo um gamay ou um pinot noir, deve ser refrescado pois não haverá taninos a realçar e sua acidez será suavizada. já um Tannat (extremamente tânico) ou um vinho envelhecido se tornará imbebível com a temperatura muito baixa, e deixará a sensação de adistringência (lixa na língua).por outro lado, ao decidir não refrescar um vinho quando necessário, a sensação de álcool e açúcar será realçada, tornando-o desagradável ao paladar.um vinho branco suave (Chardonnay) refrescados a 8 a 9ºC só realça a acidez, elemento fundamental para o equilíbrio da bebida.


Como refrescar sua garrafa:

* A temperatura ideal para beber vinhos é a ambiente -- mas a temperatura ambiente européia, entre 15,5 ºC e 18,5ºC. Se você tem dúvidas se deve resfriar ou não sua garrafa, faça um teste. Experimente o mesmo vinho com uma diferença de 3ºC entre uma taça e outra e veja qual lhe agrada mais. Se você gostou do resultado vai precisar refrescar sua garrafa. Saiba como:Coloque a garrafa na porta da geladeira antes de servi-lo (Em geral a parte inferior da geladeira diminui entre 5 e 6o C o vinho em um período de uma hora).

* Outra alternativa é depositar a garrafa num balde com gelo e água (a água mantém por mais tempo a temperatura da garrafa) e esperar alguns minutos para resfriar o vinho, seguindo mais ou menos a referência da tabela.

* Os vinhos brancos podem permanecer no balde até o fim de seu conteúdo. Os vinhos tintos podem gelar demais, portanto é preciso ficar atento à temperatura da garrafa.